Olá amigos. Hoje chegamos ao nosso quarto post, praticamente um mês de Blog. A todos que visitam, divulgam e compartilham nas redes sociais. Muito obrigado.
Vamos ao que interessa. Hoje vou falar de alguns fenômenos eleitorais. Prometo que na próxima semana volto a falar de música.
Nos últimos anos, a cada eleição aumenta o número de famosos ou aspirantes aos seus 15 minutos de fama surgem como candidatos a cargos eletivos. É claro que não é só aqui do lado debaixo do Equador que acontecem coisas esquisitas, mas é certo que o Brasil é pródigo nesse quesito. Tanto é que parece que seremos eternamente considerados “exóticos” aos olhos do velho mundo.
O fato é que por conta de alguns fenômenos de popularidade, estamos nos acostumando a ver e ouvir algumas figuras que nunca havíamos imaginado antes, serem tratadas por Vossa Excelência. Exemplos: Frank Aguiar, Clodovil, Aguinaldo Timóteo e claro, Tiririca, melhor dizendo, o Deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva, que agora inclusive vai integrar a Comissão de Educação e Cultura na Câmara do Deputados. Os assessores do humorista e Deputado estão pesquisando e recebendo sugestões sobre as demandas do setor cultural. A ideia é preparar projetos que fortaleçam a área.
Somos um povo culturalmente diverso, mas algumas vezes bisonho. Gosto é como… Você sabe. Cada um com o seu. Não vou aqui cair na armadilha de julgar esse ou aquele gênero da música ou qualquer outra arte. Afinal, é arte. Política então nem se fala…
O dito voto de protesto das massas acaba gerando a eleição de algumas figuras que levam pelo menos uma “vantagem” sobre os políticos profissionais. Uma enorme sinceridade, como a de Tiririca, ao dizer que não sabe o que faz um Deputado, em entrevista que concedeu ao jornal Folha de São Paulo, ou mais recentemente no programa CQC, ao ser questionado se a política dá um bom dinheiro, afirmou: “Olha, dinheiro mesmo eu ganho com show, mas se não desse, meu filho Tirulipa não seria candidato”.
É claro que você não vai escolher o seu representante em Brasília somente pela sinceridade. Existem inúmeros outros atributos e questões a serem analisados friamente e por mais que você dê de ombros para a política, quero apenas lembrá-lo que estamos falando do seu dinheiro. É o seu imposto que paga o salário dos parlamentares, que nada mais são do que servidores públicos, ou seja, têm como função primordial atender às necessidades da população.
Confesso que me surpreendi com a maturidade e franqueza de algumas respostas do Deputado Tiririca quando o mesmo afirma que “o parlamentar, é um sujeito que trabalha muito e pouco produz”, confirma o óbvio ululante, que como sempre está na cara de todos, mas muitos insistem em não vê-lo.
Honestamente, prefiro algumas gratas surpresas na atuação de alguns famosos, porém politicamente inexperientes como Romário, Jean Wyllys e Tiririca a gente da laia de Maluf, Sarney, José Agripino Maia e Álvaro Dias, mas este último é problema do Paraná, pois pra quem não sabe, Senadores representam os Estados. Os Deputados é que representam o povo.
Não sei se tu me ama. Pra que tu me seduz?
Tiririca é o retrato da população carente que cresceu ao longo de décadas sendo massacrada por políticas públicas (ou ausência delas, melhor dizendo) que passaram bem longe de priorizar cultura e educação, saneamento básico então, é de envergonhar qualquer ser humano, em um país que está prestes a se tornar a sexta economia mundial.
Tivemos o “emburrecimento” programado da ditadura militar, afinal, não podemos esquecer que o ditador João Baptista Figueiredo certa vez disse que preferia o cheiro de cavalos ao cheiro do povo. Pensando bem, melhor nem perder tempo com essa figura, já que o mesmo pediu para ser esquecido. A galopante inflação durante os anos 80 e 90 também foi desculpa para a falta de investimentos no Social, sem falar do eterno rombo da previdência.
Romário por sua vez, também tem origem humilde, também teve uma carreira de sucesso e tem apresentado combatividade, interesse e conhecimento das causas que abraça. Sua atuação questionando a gestão, o cronograma e outros assuntos ligados à Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 dão uma mostra de alguém que pode até não conseguir seus objetivos, mas luta sem medo de desagradar a quem quer seja.
Jean Wyllys surgiu como ex-BBB para destacar-se ao defender o que para alguns são apenas as causas das ditas minorias excluídas, quando na verdade defende os direitos e garantias fundamentais de todo e qualquer cidadão, independente da cor ou opção sexual, mas disso já falei semana passada. Em resumo, é alguém que contribui de verdade para a discussão de temas que interessam e influem diretamente na vida da população.
Os três citados, não perdem tempo com intermináveis futricas e jogos políticos de oligarquias que se eternizam no poder, ou em demagógicas CPI’s para os que buscam os holofotes. Até por que, fama eles já tem.
É claro que há os que destoam e decepcionam. O cantor e Vereador Aguinaldo Timóteo (sim, ele é vereador aqui em São Paulo), em 2009, teve a brilhante idéia de mudar o nome do Parque do Ibirapuera, um dos cartões postais mais conhecidos de São Paulo, para Parque Michael Jackson. É rir pra não chorar. Ainda bem que não deixaram.
O poder da televisão.
Campanha eleitoral é um negócio sério e complicado e que segundo alguns colegas Publicitários, é nessa hora que a TV mostra todo seu poder como mídia de massa. Em 2012, deveremos eleger prefeitos e vereadores, e com certeza seremos apresentados a candidatos como os que você vê nos vídeos a seguir. Muito cuidado com os famosos, mas também com os políticos profissionais que vivem da sede de poder e da continuidade da miséria alheia. Veja, reflita e não deixe de participar. Comente, indique, compartilhe.
Até a próxima semana.